Wednesday, November 19, 2014

The Anabolic Choice


No outro dia o meu amigo Sérgio Costa escreveu algo que traduz a nossa realidade atual e sobre o qual vale a pena refletir: “Acho piada que hoje em dia se olhe mais para os preços do que para a relação qualidade/preço… Julgam que o barato e o que é bom mas o ditado já é velho: “o barato tem rato” e é somente bom para encher bolsos, acordem amigos e deixem a burrice, ninguém compra um Mercedes ao preço de um Fiat Uno, acordem please, pelo bem da vossa saúde e carteira, acreditem.”
Aplica-se a muitas realidades do nosso desporto e sem rodeios refiro já duas delas: desde os suplementos de marca branca a algumas marcas de anabolizantes underground que só por serem mais baratos passam logo a ser a “melhor opção” na cabeça de muitos. Atenção que não condeno quem opta por estes produtos, cada um sabe de si e do estado que pretende ter a sua saúde daqui a uns anos, mas a realidade é que é impossível com um preço tão baixo proporcionar a mesma qualidade, pureza e segurança de um produto de marca e reconhecido. Ganhem consciência da realidade, parem para pensar e sobretudo não se deixem influenciar… Uma regra chave neste desporto: junta-te e trabalha apenas e só com alguém da tua plena confiança pois muitos vêm-te unicamente como fonte de rendimento. 




Mas o que faria Dorian Yates gozar de uma vida sem qualquer saldo negativo e devedor de uma trajetória freak em seu auge Olympiano, aos 52 anos de idade?
Qual o rumo foi selecionado por decisão própria, onde o diferencia das consequências obscuras de uma diabetes severa, problemas latentes com juntas (Ronnie Coleman), acromegalia agressiva (Jay Culter), aumento da gordura visceral irreversível (Kai Greenne) e destruição neuromotora e do sistema nervoso central (Branch Warren)?

Dorian simplesmente uniu a dádiva da pré-disposição a imunidade de colaterais gritantes com a maturidade e o poder de auto perceção em diminuir gradativamente a velocidade dos passos que de uma forma indubitável o levaria a um suicídio em migalhas.
O grande problema atual do culturismo nível High Society seria a fome desenfreada em se manter em um alto nível independente de qualquer consequência futura. Qualquer pilar é regido a curto prazo e a necessidade de melhorar pontos fracos não é visto como um processo que se lapida com coerência e tempo, tudo precisa ser entregue ao próximo show.

Poucos possuem a capacidade de abandonar o barco, enquanto o mesmo não se despedaçou, o costumeiro é ficar até o fim e só cogitar a possibilidade de parar quando uma onda gigantesca destrói o que já estava vindo abaixo.

Phil com certeza não estará assiduamente competindo como Dexter Jackson. Em dez anos, já terá em seu currículo boas e quantitativas cirurgias, assim como Big Ramy, porque infelizmente não existe ponderação quando a ganância ultrapassa a linha do bom senso.

Tu podes chegar longe e com saúde, mas para isso sê inteligente!
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