Saturday, July 12, 2014

Born to be a Bodybuilder



Tens a paciência necessária para te tornares num profissional? 

Era de noite, deitei-me na minha cama e dei por mim a pensar em tudo o que vi e presenciei durante todo dia, até que cheguei a uma conclusão… O mundo é cruel e vai devorar-te no primeiro momento de demonstração de fraqueza e inferioridade. Desde pessoas que não devolvem o dinheiro que um senhor distraidamente deixou cair no chão e que provavelmente era a quantia total da sua reforma, um motorista a apontar uma arma à cara de outro, porque o da frente ligou o pisca para a esquerda e entrou para a direta, filhos que agridem os pais sem nenhum pudor ou vergonha... 

O ser humano consciente dos seus atos é o que realmente me assusta, saber o que se está a fazer e mesmo assim fazê-lo. Mas como fico eu no meio desta história? Serei eu um ser tão vulnerável às maldades do mundo? Serei eu a dar o primeiro passo para que isto mude? Decidi ficar pela segunda opção. Pessoas aparentemente normais sofrem por todos os lados, quem diria… Eu, um mero jovem obcecado pela disciplina, um troglodita poeta que vive quase 24 horas com uma bolsa cheia de refeições para cima e para baixo, um visionário que insiste em tentar mudar a índole dos menos afortunados de hombridade e dignidade, um esquisito que faz questão de chegar ao ginásio há meia-noite somente para treinar sozinho, sem ninguém para atrapalhar ou a fazer perguntas, um anti-social que faz questão de sair das festas de família mais cedo que todos os outros para fazer mais duas refeições antes de dormir. 

Ser um atleta de verdade, não é necessário nada mais do que tomar a decisão correta. Não te tornas um culturista, não ganhas gosto pelo desporto por um mero acaso, não entras neste jogo por modinha, TU NASCES UM BODYBUILDER! 
Qualquer culturista profissional tem em mente, desde o primeiro dia, o que precisa de fazer para alcançar o seu sonho. Todos sem exceção eram mais maduros e reflexivos do que o costume para a sua idade, nós nascemos com a disciplina colada na alma, já carregamos em nós a rigidez e o compromisso com a rotina, seja na escola, no trabalho ou no relacionamento com os pais, já éramos diamantes brutos que precisavam apenas de tempo para serem lapidados.

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